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3 de jan. de 2013

Sendo lapidada


Certa vez entre meus soluços , choros e “porquês” uma amiga (e que saudade desta amiga) me abraçava e consolava como se fosse minha mãe, como se me conhecesse antes mesmo de eu ter corrido pro óvulo da minha mãe. Talvez me conhecesse não por eu ter contado minha história  e sim por ter o dom de saber quem você é apenas olhando em seus olhos. 
Enquanto chorava e soluçava , eu lhe perguntava porque de tudo isso acontecer comigo, se a dor nunca iria embora do meu coração, e perguntava se era meu fim, se era isso que Deus havia guardado pra mim : o sofrimento e a dor. Enquanto secava minhas lágrimas ela cantava noites traiçoeiras e ai mesmo que eu comecei  a chorar , como um bebê quando sai do colo de alguém ou como uma criança pequena quando os pais não lhe dá o que ela quer. 
Lhe perguntei : — Será que isso nunca vai acabar? , e ela gentilmente me respondeu :  Estás vendo esse anel? Ele é lindo e brilha não achas? ,  afirmei que sim com a cabeça e ela tornou a falar ,  Esse anel nunca foi lindo e brilhante assim como ele é hoje, ele teve de passar por uma máquina, uma máquina que cortou, deu forma, enfim, que o lapidou. E assim é com a vida da gente, Deus vai moldando a gente aos poucos e embora machuque demais, embora demore demais, uma hora acaba. E aí minha linda (ela costumava me chamar assim) tu serás perfeita e teu brilho vai ser maior do que o do Sol.

Sinto grandes saudades dessa grande amiga, mas nunca vou esquecer desse ensinamento.
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